Sexta-feira, 02 de Agosto de 2024



17a. Semana do Tempo Comum

Evangelho do dia: São Mateus 13, 54-58

Primeira leitura: Jeremias 26, 1-9
Leitura do livro do profeta Jeremias:

1No início do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, foi comunicada, da parte do Senhor, esta palavra, que dizia: 2"Assim fala o Senhor: Põe-te de pé no átrio da casa do Senhor e fala a todos os que vêm das cidades de Judá, para adorar o Senhor no templo, todas as palavras que eu te mandei dizer. Não retires uma só palavra; 3talvez eles as ouçam e voltem do mau caminho, e eu me arrependa da decisão de castigá-los por suas más obras. 4A eles então dirás: Isto diz o Senhor: se não vos dispuserdes a viver segundo a lei que vos dei, 5a escutar as palavras dos meus servos, os profetas, que eu vos tenho enviado com solicitude e para vossa orientação, e que vós não tendes escutado, 6farei desta casa uma segunda Silo e farei desta uma cidade amaldiçoada por todos os povos da terra". 7Os sacerdotes e profetas e todo o povo presente ouviram Jeremias dizer essas palavras na casa do Senhor. 8Quando Jeremias acabou de dizer tudo o que o Senhor lhe ordenara falasse a todo o povo, prenderam-no os sacerdotes, os profetas e o povo, dizendo: "Este homem tem que morrer! 9Por que dizes, em nome do Senhor, a profecia: 'Esta casa será como Silo, e esta cidade será devastada e vazia de habitantes'?" Todo o povo juntou-se contra Jeremias na casa do Senhor.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Salmo 68 (69)

- Mais numerosos que os cabelos da cabeça são aqueles que me odeiam sem motivo; meus inimigos são mais fortes do que eu; contra mim eles se voltam com mentiras! Por acaso poderei restituir alguma coisa que de outros não roubei?

R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor.

- Por vossa causa é que sofri tantos insultos e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram como fogo abrasador; e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!

R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor.

- Por isso elevo para vós minha oração neste tempo favorável, Senhor Deus! Respondei-me pelo vosso imenso amor, pela vossa salvação que nunca falha!

R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13, 54-58

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- A Palavra do Senhor permanece eternamente, e esta é a Palavra que vos foi anunciada (1Pd 1,25);

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:

Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: "De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55 Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?" 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: "Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!" 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.

- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor

Comentário ao Evangelho por Santo Hilário, Bispo e Doutor da Igreja
A Trindade, 12,52-53

«"Não é Ele o filho do carpinteiro?" [...] E por causa da falta de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres»

Enquanto gozar do sopro de vida que me concedeste, Pai santo, Deus todo poderoso, proclamar-Te-ei Deus eterno e Pai eterno. Nunca eu me farei juiz do teu poder supremo e dos teus mistérios; nunca porei o meu limitado conhecimento à frente da noção verdadeira do teu infinito; nunca afirmarei que exististe jamais sem a tua sabedoria, o teu poder ou o teu Verbo, que é Deus, o Unigénito, o meu Senhor Jesus Cristo. É que, mesmo sendo a linguagem humana fraca e imperfeita, ao falar de Ti não limitará o meu espírito a ponto de reduzir a minha fé ao silêncio, por falta de palavras capazes de exprimir o mistério do teu ser. [...]

Nas realidades da natureza, também há muitas coisas cuja causa não conhecemos, sem contudo lhes ignorarmos os efeitos. E quando, devido à nossa incapacidade, não sabemos que dizer dessas coisas, a nossa fé enche-se de adoração. Quando contemplo o movimento das estrelas [...], o fluxo e refluxo do mar [...], o poder oculto na mais pequena semente [...], a minha ignorância ajuda-me a contemplar-Te, pois, se não compreendo essa natureza que está ao meu serviço, distingo nela a tua bondade, pelo simples facto de existir para me servir. Apercebo-me mesmo de que nem a mim próprio me conheço, mas admiro-Te tanto mais por isso [...]. Deste-me a razão, a vida e os meus sentidos de homem, que me causam tantas alegrias, mas não consigo compreender qual foi o meu começo como homem.

É, pois, não conhecendo aquilo que me cerca que capto aquilo que és; e, percebendo aquilo que és, adoro-Te. Por isso, não compreender os teus mistérios não diminui a minha fé no teu poder supremo. [...] A geração de teu eterno Filho ultrapassa a própria noção de eternidade, é anterior aos tempos eternos. Nunca exististe sem Ele [...], és o Pai eterno do teu Unigénito desde antes dos tempos eternos.